Desemprego no Brasil cresceu 0,8 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre anterior e chegou a 7%. Os números foram divulgados nesta quarta-feira, pelo IBGE, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Apesar da alta na comparação trimestral, esta foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em março em toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
A pesquisa também mostrou que a população desocupada cresceu 13,1% no trimestre, pouco mais de 891 mil pessoas, e atingiu 7,7 milhões. Já a população ocupada, 102,5 milhões, caiu 1,3% no trimestre e cresceu 2,3% (mais 2,3 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 57,8%, caindo 0,9 p.p. no trimestre e crescendo 0,8 p.p. (57,0%) no ano.
A população desalentada ficou em cerca de 3,2 milhões de pessoas, um acréscimo de 6,6% no trimestre, e caiu 10,2% no ano.
O número de empregados no setor privado (53,1 milhões) caiu 1,0% (menos 541 mil pessoas) no trimestre e cresceu 3,0% (mais 1,5 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados com carteira assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos ficou estável no trimestre e cresceu 3,9% (mais 1,5 mil pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) caiu 5,3% (menos 751 mil pessoas) no trimestre e manteve estabilidade no ano.
O número de empregados no setor público (12,5 milhões) recuou 2,3% (menos 289 mil pessoas) no trimestre e subiu 3,7% (mais 444 mil pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 2,0% (ou mais 496 mil pessoas) no ano. Já o número de trabalhadores domésticos (5,7 milhões) recuou nas duas comparações: -4,0% (menos 238 mil pessoas) no trimestre e -3,4% (menos 202 mil pessoas) no ano.
A taxa de informalidade foi de 38,0% da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais) contra 38,6 % (ou 40,0 milhões) no trimestre encerrado em dezembro de 2024 e 38,9 % (ou 38,9 milhões) no trimestre encerrado em março de 2024.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.410) foi novo recorde da série, iniciada em 2012, crescendo nas duas comparações: 1,2% no trimestre e 4,0% no ano.
A massa de rendimento real habitual (R$ 345,0 bilhões) manteve estabilidade no trimestre e crescendo 6,6% (mais R$ 21,2 bilhões) no ano.